Implicações da destruição das nossas florestas

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Implicações económicas

A floresta e as actividades ligadas a ela representam 3% do bolo de lucro da economia (3100 milhões de euros).

Se o declínio da nossa floresta continuar, em breve este lucro deixará de colaborar para uma saudável economia nacional.

Em termos de comércio externo, o saldo da balança comercial é extremamente positivo, chegando aos 1024 milhões de euros (2748 milhões em exportações e 1724 em importações). O declínio da floresta representaria uma grande perda para o país.

Implicações sociais

Mais de 160 000 pessoas estão empregues em áreas relacionadas com a floresta, representando 3,3% da população activa.

Os problemas que têm vindo a surgir, relacionados com a floresta, podem deixar estas pessoas sem emprego, o que poderá prejudicar milhares de famílias já com rendimentos baixos.

Trata-se de um problema social, mas também económico, já que estimula o aumento da taxa de desemprego.

Implicações ambientais

A nível ambiental, o declínio florestal em Portugal diminui a biodiversidade, pondo algumas espécies em perigo e levando a que outras desapareçam por completo do nosso país.

fonte: wikipedia

Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios

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O Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI), apresentado no Conselho de Ministros de 23 de Março de 2006 foi publicado no Diário da República n.º 102, I-B Série, de 2006.05.26.

Com o PNDFCI define-se uma estratégia e um conjunto articulado de acções com vista a fomentar a gestão activa da floresta, criando condições propícias para a redução progressiva dos incêndios florestais.

Para alcançar os objectivos, acções e metas consagradas no PNDFCI, preconizam-se intervenções em três domínios prioritários: prevenção estrutural, vigilância e combate. Assim, são identificados cinco eixos estratégicos de actuação:

  • Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais;
  • Redução da incidência dos incêndios;
  • Melhoria da eficácia do ataque e da gestão dos incêndios;
  • Recuperar e reabilitar os ecossistemas;
  • Adaptação de uma estrutura orgânica e funcional eficaz.

O PNDFCI acentua a necessidade de uma acção concreta e persistente na politica de sensibilização, no aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão do risco, bem como no desenvolvimento de sistemas de gestão e de ligação às estruturas de prevenção, detecção e combate, reforçando a capacidade operacional. O reforço do número de unidades da capacidade operacional dos sapadores florestais, o papel da GNR e a melhoria da capacidade de intervenção dos Bombeiros visará garantir a redução gradual do tempo de resposta da 1ª intervenção.

As mudanças estruturais propostas, que deverão sentir-se progressivamente até 2012, com o incremento de uma nova politica florestal (prevenção estrutural) e com novos métodos de organização ao nível da 1.ª intervenção e combate, fazem antever a possibilidade de serem conseguidos os objectivos propostos de defesa efectiva da floresta contra incêndios.

O PNDFCI consagra as decisões que têm sido tomadas pelo Governo ao longo do último ano, nomeadamente:

  • Zonas de Intervenção Florestal (ZIF);
  • Revisão do Programa de Sapadores;
  • Revisão do quadro contra-ordenacional do uso do fogo;
  • Medidas tendentes à regularização da situação jurídica dos prédios rústicos sitos em áreas florestais;
  • Estratégia para a recuperação das áreas ardidas;
  • Redução do IVA de 21% para 5% nas operações de silvicultura preventiva;
  • Possibilidade de aumento do IMI (Imposto Municipal Imobiliário) por parte das câmaras municipais.

Números e factos sobre as florestas

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  • 30% da área total da terra está coberta por florestas, que não se distribuem de forma homogénea;
    47% situa-se nas regiões tropicais;
    33% nas regiões boreais;
    11% nas regiões temperadas;
    9% nas regiões subtropicais.

  • Calcula-se que a desflorestação seja responsável por 20% dos gases com efeito de estufa que provocam o aquecimento global.
  • A velocidade da desflorestação a nível global tem diminuído, graças a novas plantações e a expansão natural das florestas existentes.
  • Entre 2000 e 2005, dez países tropicais perderam floresta a uma velocidade superior à média mundial: Brasil, Indonésia, Sudão, Myanmar, Zâmbia, Tanzânia, Nigéria, República Democrática do Congo, Zimbabué e Venezuela.
  • São fundamentais para regular o clima e conservar:
    1. A biodiversidade - 2/3 das espécies conhecidas; vivem na floresta
    2. As reservas de água doce.

  • As florestas de mangal, junto ao litoral, são essenciais ao ciclo de vida das espécies de peixes mais apreciadas pelo Homem.
  • 1/4 da humanidade (1.6 milhões de pessoas) depende da floresta para sobreviver. 300 milhões de pessoas vivem na floresta. O modo de vida de 60 milhões de indígenas depende inteiramente dela.
  • Segundo a FAO, entre 2000 e 2005, Portugal estava entre os dez países que mais aumentaram a sua área de floresta. Cerca de 40% do nosso território está ocupado por floresta. as espécies predominantes são: (%por área de floresta)
  • Pinheiro Bravo ----------------------30%
    Sobreiro ------------------ 22%
    Eucalipto -----------------21%
    Azinheira ---------------14%
    Outros ------------11%
  • 13 milhões de pessoas encontram emprego nas florestas.
  • Cinco países concentram 50% das florestas mundiais: Rússia, Brasil, Canadá, EUA e China.

Fontes: Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) e Direcção-Geral de Florestas

A importância das florestas no ciclo da água

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A importância das florestas no ciclo da água.Formação das reservas de água no subsolo No caso de uma cobertura florestal que se manteve intacta, a taxa de infiltração de água da chuva no solo é máxima. No interior de uma floresta qualquer, a copa das árvores e a camada de matéria orgânica que se encontra depositada sobre o solo, desempenha papel fundamental na manutenção das condições ideais para que ocorra o processo de infiltração da água. Em áreas compactadas, quer seja pelo preparo excessivo do solo, uso de máquinas pesadas, pé de arado ou micro-pulverização das partículas do solo e mesmo pelo pisoteio de animais, a infiltração é bem menor que em áreas florestadas. É por essa razão que a Amazônia é a maior reserva de água do Planeta. Erosão e escoamento superficial A presença de uma boa cobertura florestal é de grande importância para o controle do processo de erosão, que pode resultar em grandes acumulação de sedimentos nos cursos de água, assoreando os mesmos. No Brasil, a erosão carrega anualmente 500 milhões de toneladas de solo. A presença da cobertura florestal irá proporcionar uma maior infiltração de água no solo, o que por sua vez irá resultar num maior abastecimento do lençol freático. As matas ciliares Essas matas desempenham o papel de filtro, o qual se situa entre as partes mais altas da bacia hidrográfica, desenvolvida para o homem para a agricultura e urbanização e a rede de drenagem desta, onde se encontra o recurso mais importante para o suporte da vida que é a água. As florestas à beira dos rios e nascentes, são chamadas de matas ciliares. Assim como nossos cílios, as matas ciliares atuam como barreiras protegendo os rios, córregos e nascentes, impedindo que a terra desbarranque ao proteger de terra e lixo, evitando-se o chamado “assoreamento” que é a elevação da superfície. Se não houver essa proteção, fatalmente ocorrera o fim da água, pois haverá o aterramento dos rios. As nascentes abastecem os riachos, córregos e cursos d’água que por sua vez abastecem os rios. Se não houver a proteção das matas ciliares, não haverá água para os rios, que irão secar.
CONCLUSÃO
A natureza trabalha e produz na forma cíclica, mostrando o caminho para a actuação do homem. Está bem clara a forma como a natureza trabalha, quando se observa, por exemplo, o modelo como ocorre a ciclagem dos nutrientes que são a fonte básica de produção dos ecossistemas. Através desse processo, as cadeias alimentares vão sendo abastecidas em todos os níveis, garantindo a vida dos seres vivos em todos os ecossistemas. Para essa produção contínua e permanente que a natureza realiza, a água exerce função importantíssima uma vez que se transforma no meio de transporte único dos nutrientes dentro dos seres vivos em qualquer tipo de ecossistema. É através das águas que as plantas absorvem os nutrientes da solução do solo e conduzem os mesmos até o alto das copas onde ocorre a transformação pela fotossíntese, sendo novamente distribuídos pela água os elementos, agora elaborados, por todas as partes das plantas. Esta mesma água potável é que garante a vida dos animais e, inclusive, do homem na Terra, pois com sua ausência jamais existiriam condições de sobrevivência de qualquer ser vivo. Dessa maneira, pode-se considerar o planeta Terra como um gigantesco organismo vivo que se automantém pela sua capacidade de produzir, elaborar e distribuir esse produto para suprir todas suas necessidades. Considerando que o homem é parte integrante e principal elemento atuante desse organismo, pela sua ação se transforma no ser vivo mais perigoso para a manutenção da vida na Terra. Por isso, é importante que se conscientize da necessidade de mudar seu comportamento sob pena de decretar seu desaparecimento que pode não estar num futuro muito distante. Dentro da grande amplitude dos fatores que interagem para manter o equilíbrio ecológico da natureza, a água é um dos elementos vitais para que este processo ocorra, pois impulsioos ciclos da produção de alimentos, sem os quais não existiria a vida. Daí a necessidade da séria consciência de preservação e manutenção de sua potabilidade. Na atualidade, é mais evidente o mau uso dos recursos naturais, daí as necessidades básicas continuarem não sendo satisfeitas. Toda essa realidade deve ser meditada e conduzida para decisões importantes no sentido de defender a manutenção da água, das nascentes e dos mananciais. As propriedades rurais têm papel importante no que diz respeito à água, pois é nelas que ainda estão preservados as nascentes, riachos, rios e outros reservatórios deste líquido vital. Ao proprietário rural cabe o direito de defender seu potencial hídrico e o dever de preservar suas nascentes e as vegetações que as protegem. No aspecto da produção de água potável, a floresta e a vegetação ribeirinha exercem papéis fundamentais na filtragem dos poluentes que se dirigem para os leitos dos rios e mesmo na retenção do excesso de água que irá resultar em grandes enchentes, caso não exista barreira para conter sua velocidade antes de atingir os mananciais. Diante disso, o plantio de florestas e a administração das áreas florestais nas propriedades passam a ser o elemento da manutenção de águas.





Pinheiro Bravo

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DISTRIBUIÇÃO:


É originária do Sudoeste da Europa e Norte de África. Tem uma distribuição muito espalhada pela bacia mediterrânica, povoa os litorais atlânticos da Península Ibérica e de França.

Em Portugal era primitivamente uma espécie espontânea na faixa costeira sobre solos arenosos a norte do Tejo, onde encontra as condições fitoclimáticas ideais: humidade atmosférica e influência atlântica, mas actualmente, devido à acção do homem está presente por todo o País, existindo abundantes povoamentos estremes no Norte e Centro, (distritos de Viseu, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Santarém), que com uma superfície de 812 000 hectares plantados, representam 62,5% da área total do pinheiro em Portugal; penetra até Trás-os-Montes e Beiras, e na faixa litoral desde o Minho até à Península de Setúbal.

Na Ilha da Madeira, o Pinheiro-bravo representa 70% da área plantada.


UTILIZAÇÃO:


Essência florestal de grande interesse económico foi abundantemente plantada pois proporciona uma grande produção de madeira , protege contra o vento, e devido ao seu enraizamento radical aprumado e profundo como fixador de dunas além de permitir a recuperação de solos pobres e erosionados.

A madeira, resinosa, clara, avermelhada ou castanho-avermelhado, com abundantes nós é durável, pesada e pouco flexível é utilizada em mobiliário, postes, cofragem, caixotaria, aglomerados, carpintaria, construção naval, combustível e celulose.


OBSERVAÇÕES:



Extrai-se a resina, usada na indústria de tintas, vernizes e aguarrás. A casca do tronco é rica em tanino e usada no curtimento de peles.

Actualmente, o Pinheiro representa cerca de 40% da área florestal, ou seja 1 300 000 hectares em todo o país, quer em povoamentos puros, quer em mistos dominantes. Todavia, exige-se hoje uma gestão mais cuidada do pinhal, a fim de garantir um melhor rendimento de exploração.

ECOLOGIA:



Essência heliofila, muito frugal que possui um
sistema de enraizamento profundo. Excelente
pioneira em solos degradados, mas calcífuga, no
entanto prefere-os siliciosos, soltos e arenosos.
Exige abundantes precipitações, calor e humidades
atmosféricas; resiste bem a seca e as geadas e frio, desenvolve-se ate mil metros.
Encontra-se naturalmente misturado com o pinheiro manso, azinheiras, sobreiros e outros carvalhos.
Árvore de crescimento rápido, mas de longevidade media, não indo muito alem dos 200 anos.
Propaga-se unicamente por semente.


Na Próxima semana a Árvore escolhida será o Carvalho

Pinheiro manso

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Geral:

Árvore resinosa de porte mediano até 25 m de altura. Possui copa densa, ampla, arredondada em forma de guarda-sol no indivíduos adultos e esférica nos sujeitos jovens, muito característica da paisagem mediterrânea com alto fuste direito ou levemente flexuoso e robusto. Tronco coberto por casca espessa, castanho-avermelhada, depois acinzentada e profundamente fendida com a idade. Pernadas grossas viradas para cima; ramos em ângulo agudo, e raminhos curvos, de um tom cinzento-esverdeado-pálido. Ramificação densa verde intenso.

Folhas persistentes, em forma de agulhas -acículares - contendo canais resiníferos marginais,agrupadas aos pares com 10 a 18 cm de comprimento e 1.5-2 mm de largura, ligeiramente torcidas, agudas, encurvadas em goteira, flexíveis, luzidias, de cor verde-acinzentadas. Persistem três a quatro anos

Ecologia:

Árvore de plena luz, heliofila , que requer luz abundante e um clima algo quente, não suportando geadas fortes e contínuas. Espécie muito frugal e excelente pioneira em solos pobres em húmus, aceita vários tipos de solo, embora os prefira silícios, arenosos leves, incluindo areias marítimas e dunas fixas. Exige calor e humidade atmosférica; resiste bem à seca, apreciando pluviosidade entre 400 e 800 mm e possui grande resistência ao vento, não indo além dos 1000 m de altitude.

Encontra-se naturalmente misturado com o pinheiro bravo, azinheiras, sobreiros e outros carvalhos.

Árvore de crescimento lento (5 m aos 20 anos), mas de longevidade média, cerca de 250 anos

Propaga-se unicamente por semente.


Distribuição:

Espécie originária da zona ocidental da bacia do Mediterrâneo: Sudoeste da Europa e Norte de África. Hoje em dia está muito espalhada por toda a bacia mediterrânica

É espontânea em Portugal, grande parte da área do pinheiro-manso, concentra-se a sul do Tejo, principalmente nos distritos de Setúbal, Évora, Faro; a norte do Tejo: Santarém, mas na realidade encontra-se em todo o litoral e interior do País, sempre que as condições fito climáticas o permitem: na Beira Alta e Ribatejo.

Utilização:
Pouco utilizada como essência florestal, o interesse económico dos extensos pinhais mansos reside no aproveitamento do pinhão comestível. A semente, (pinhões) oleaginosas e ricas em nutrientes são utilizadas em doçaria na confecção de alguns pratos gastronómicos, ou como aperitivos.

A madeira emprega-se em vigamentos, carpintaria, construção naval.


Estado de conservaçao:

O estado de conservação desta árvore autocne e pouco preocupante .





Na próxima semana abordaremos o pinheiro bravo