Reciclagem do papel: como é feita e qual a sua importância?
A recolha selectiva do papel
O primeiro passo para a reciclagem deste resíduo consiste na separação correcta dos produtos de papel, de modo a evitar a contaminação por agrafos, clips, elásticos, tintas, entre outros.
A recolha do papel velho pode ser obrigatória ou voluntária. A primeira, praticada por hipermercados, editoras, gráficas e instituições estatais, produz melhores qualidades de papel, por este se apresentar pouco contaminado e ser de fácil localização. A recolha voluntária apresenta maiores problemas
Geralmente, este papel apresenta uma maior contaminação, devido à incorrecta separação do material depositado nos papelões
Triagem
Esta operação consiste na trituração, em dimensões pré-determinadas, de alguns lotes de papel, como revistas, jornais e aparas.
Como velho vira novo
O processo industrial de transformação de papel velho é semelhante ao fabrico de papel virgem, sendo o primeiro menos intensivo.
A reciclagem do papel é conseguida através do aproveitamento das fibras de celulose existentes nos papéis usados. O papel pode ser fabricado exclusivamente com fibras secundárias (papel 100% reciclado) ou ter a incorporação de pasta para papel. As fibras apenas podem ser recicladas cinco a sete vezes, pelo que a obtenção de papel reciclado por vezes implica adicionar alguma quantidade de pasta de papel virgem para substituir fibras degradadas.
As fases do processo industrial de reciclagem de papel são:
. Desagregação ou maceração: mistura do papel velho com água, de modo a enfraquecer as ligações entre as fibras;
. Depuração e lavagem: têm como objectivo eliminar os contaminantes; a depuração é feita em crivos e a lavagem através de telas de plástico, em que a dimensão da rede vai diminuindo nas sucessivas fases;
. Dispersão: pretende-se, nesta fase, a diminuição em tamanho dos contaminantes existentes. São utilizadas temperaturas de 50ºC a 125ºC para dissolver os contaminantes, que são depois dispersos;
. Destintagem: consiste na remoção das partículas de tinta aderentes à superfície das fibras;
. Branqueamento: para a maioria dos produtos reciclados, a destintagem é suficiente para obter um grau de brancura adequado; no entanto, para produtos de alta qualidade o grau de brancura das pastas é inferior ao desejado, pelo que é feito ainda um branqueamento, utilizando produtos como lixívia e água oxigenada.
Vantagens da reciclagem de papel
As maiores vantagens da reciclagem de papel são a diminuição de detritos sólidos e a economia de recursos naturais. Sendo 25% da composição física dos Resíduos Sólidos Urbanos em Portugal produtos de papel e cartão, a reciclagem permite libertar espaço nos aterros para outros materiais e produtos não recicláveis.
Também a nível energético este processo é benéfico, dado consumir menos água e energia (240 kw/h por tonelada de fibra secundária contra 1000 kw/h por tonelada de fibra virgem).
A nível de resíduos produzidos, as lamas resultantes dos efluentes podem, em alguns casos, ser utilizadas como fertilizantes para a agricultura.
Fonte: NATURLINK.SAPO.PT
Árvore da semana
0 Comments »A amendoeira, Prunus dulcis (antes classificada como Prunus amygdalus, ou Amygdalus communis) é uma árvore de folha caduca da família Rosaceae. A semente do seu fruto é geralmente considerada como um fruto seco: a amêndoa. Apesar do termo amêndoa se referir ao fruto da amendoeira (Prunus dulcis), usualmente ele também é referido a sua semente, ou mesmo às sementes de outras variedades de amendoeiras.
Distribuição geográfica:
Em Portugal, é frequente na região do Douro e no Algarve.
De tais sementes são extraídos óleos e essências possuidores de propriedades medicinais e muito utilizados na indústria de cosméticos.
Origem:
A amendoeira (Amygdalus communis L.) é cultivada desde a Antiguidade na Ásia e foi introduzida na Europa pelos Gregos nos séculos V e VI a. C.
Adaptação:
Adapta-se a quase todos os tipos de solos, mas apresenta um maior desenvolvimento vegetativo nos de textura franca ou ligeiramente arenosos com cálcio e profundos. Vegeta em terrenos pedregosos, onde as camadas de pedra alternem com camadas de terra para que as raízes possam penetrar, o que favorece a resistência à secura. Relativamente ao clima, esta espécie resiste às fortes geadas de Inverno, às altas temperaturas de Verão e às secas prolongadas. Prefere os locais arejados, não devendo ser plantada em vales, mas em encostas abrigadas dos ventos frios. É sensível às geadas tardias da Primavera.
Propagação:
A amendoeira é utilizada, em alguns países, em cruzamentos com outras espécies do gênero Prunus, principalmente visando à obtenção de porta-enxertos para pessegueiros, nectarineiras e ameixeiras. A amêndoa tem lugar na gastronomia portuguesa, principalmente na doçaria. Das amêndoas são também extraídos óleos e essências, possuidores de propriedades medicinais e muito utilizados na indústria de cosméticos. Apesar da comercialização de frutos secos em Portugal ser ainda uma actividade económica estável, a região do Douro tem visto o amendoal ser abandonado, uma das consequências do abandono agrícola generalizado. É assim importante apostar na valorização da amendoeira e dos seus produtos.
Uma praga de dimensões inéditas ataca as florestas portuguesas
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0 Comments »A world conservation union classifica determinada população em uma das nove categorias (a abreviação que segue é, por convenção, da categoria em inglês):
§ Extinta, EX
§ Extinta na natureza, EW
§ Em perigo crítico, CR
§ Em perigo, EN
§ Vulnerável, VU
§ Quase ameaçada, NT
§ Segura ou pouco preocupante, LC
§ Dados insuficientes, DD
§ Não avaliada, NE
Esta árvore encontra-se classificada como NT, ou seja quase ameaçada.
As azinheiras são árvores que chegam a medir até 10 metros, da familia das fagáceas, de folhas discolores, ligeiramente espinhosas nos espécimes adultos, flores masculinas em amentos, as femininas em panículas, e frutos ovóides, revestidos, em parte, porescamas.
Estas árvores são nativas da região Mediterrânea da Europa e Norte da África.
Existe em todo o nosso país, espontaneamente, semeada ou plantada, adquirindo uma maior importância no interior alentejano. Aí forma povoamentos denominados montados de azinho, onde as azinheiras existem quase sempre em consociação com uma cultura agrícola ou pastagem. Encontram-se também em povoamentos mistos com sobreiro.
Propagação:
Propaga-se por semente. As sementes perdem rapidamente a capacidade de germinar.
Utilizações:
A sua principal utilização é a produção de fruto que serve de alimento para a produção de porcos de montanheira. Antigamente as bolotas eram também usadas para alimentação humana, já que esta subespécie, ao contrário da subespécie ilex, produz as bolotas mais doces. As folhas servem também como complemento de alimentação para o gado nas épocas do ano em que o pasto escasseia. A madeira é muito dura e compacta, resistente ao polimento, não sendo muito utilizada. É, no entanto, um óptimo combustível para lareiras.