Árvore resinosa de porte mediano até 25 m de altura. Possui copa densa, ampla, arredondada em forma de guarda-sol no indivíduos adultos e esférica nos sujeitos jovens, muito característica da paisagem mediterrânea com alto fuste direito ou levemente flexuoso e robusto. Tronco coberto por casca espessa, castanho-avermelhada, depois acinzentada e profundamente fendida com a idade. Pernadas grossas viradas para cima; ramos em ângulo agudo, e raminhos curvos, de um tom cinzento-esverdeado-pálido. Ramificação densa verde intenso. |
Folhas persistentes, em forma de agulhas -acículares - contendo canais resiníferos marginais,agrupadas aos pares com 10 a 18 cm de comprimento e 1.5-2 mm de largura, ligeiramente torcidas, agudas, encurvadas em goteira, flexíveis, luzidias, de cor verde-acinzentadas. Persistem três a quatro anos
Ecologia: Árvore de plena luz, heliofila , que requer luz abundante e um clima algo quente, não suportando geadas fortes e contínuas. Espécie muito frugal e excelente pioneira em solos pobres em húmus, aceita vários tipos de solo, embora os prefira silícios, arenosos leves, incluindo areias marítimas e dunas fixas. Exige calor e humidade atmosférica; resiste bem à seca, apreciando pluviosidade entre 400 e 800 mm e possui grande resistência ao vento, não indo além dos 1000 m de altitude. Encontra-se naturalmente misturado com o pinheiro bravo, azinheiras, sobreiros e outros carvalhos. Árvore de crescimento lento (5 m aos 20 anos), mas de longevidade média, cerca de 250 anos Propaga-se unicamente por semente.
Distribuição: Espécie originária da zona ocidental da bacia do Mediterrâneo: Sudoeste da Europa e Norte de África. Hoje em dia está muito espalhada por toda a bacia mediterrânica É espontânea em Portugal, grande parte da área do pinheiro-manso, concentra-se a sul do Tejo, principalmente nos distritos de Setúbal, Évora, Faro; a norte do Tejo: Santarém, mas na realidade encontra-se em todo o litoral e interior do País, sempre que as condições fito climáticas o permitem: na Beira Alta e Ribatejo.
Utilização: Pouco utilizada como essência florestal, o interesse económico dos extensos pinhais mansos reside no aproveitamento do pinhão comestível. A semente, (pinhões) oleaginosas e ricas em nutrientes são utilizadas em doçaria na confecção de alguns pratos gastronómicos, ou como aperitivos. A madeira emprega-se em vigamentos, carpintaria, construção naval.
Estado de conservaçao: O estado de conservação desta árvore autocne e pouco preocupante .
Na próxima semana abordaremos o pinheiro bravo
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