Uma praga de dimensões inéditas ataca as florestas portuguesas

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A pulguinha-do-carvalho
O agente biótico responsável por este enorme dano ecológico é um
insecto chamado Altica quercetorum (em vernáculo, “pulga” ou
”pulguinha-dos-carvalhos”),
Uma vez sobre um hospedeiro, consome com
voracidade o parênquima foliar, isto é, os tecidos vivos entre as
epidermes e as nervuras das folhas. Quando encontra boas condições
biofísicas - invernos pouco húmidos, muita insolação - ocorre uma
explosão demográfica e, para alimentar as suas imensas coortes, chega
a devorar mais de 95% da folhagem das árvores, deixando-as incapazes de 
fotossintetizar e de respirar devidamente. Não raras vezes chega a
ganhar alento para atacar também outras espécies como carvalhos-
pardos, sobreiros, cerquinhos, amieiros, aveleiras e salgueiros.
Embora a pulguinha-dos-carvalhos, por si só, dificilmente consiga matar o
hospedeiro, o facto é que o debilita de um modo que o deixa vulnerável
a toda a sorte de agentes patogénicos letais.
No território português, os primeiros ataques desta praga foram registados em 1991, sem necessidade de especiais medidas de defesa fitossanitária. Porém, face à paisagem confrangedora que em Agosto de 2009 formaram os carvalhais ressequidos de Lafões e de muitos outros locais do norte e centro do país, urge reconhecer oficialmente a ocorrência desta praga e encetar, quanto antes, o controlo apropriado. Quanto mais cedo as autoridades florestais o fizerem, melhor hão-de mitigar uma mais que provável propagação a outras regiões do país, e o eventual contágio a outras importantes espécies da nossa flora arbórea.



Fonte: quercus

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